terça-feira, 31 de março de 2009

Em Casa De Guarda... Trancas À Porta!

Segundo a notícia publicada hoje no jornal "Correio da Manhã", os reclusos da Cadeia de Alcoentre "roubam telemóveis aos funcionários e fora dela assaltam as casas dos guardas prisionais." Segundo as palavras de Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, "também assaltam residências das pessoas que vivem nas imediações da cadeia".

Este caso foi despoletado, quando nesta última quarta-feira, entraram em casa de uma subchefe da guarda e roubaram-lhe objectos em ouro e um telemóvel, material que já foi apreendido dentro do estabelecimento. É lá que são transaccionados os artigos furtados entre os reclusos. "Só não conseguiram encontrar o chip do telemóvel", disse Jorge Alves ao CM. O assalto foi cometido por um recluso que cumpre pena por tráfico de droga e, "que foi apanhado a consumir", segundo o dirigente sindical e que, agora, deixou de gozar do RAVI (regime que possibilitava-lhe sair da cadeia e trabalhar nas hortas ou em pequenas reparações nas imediações da cadeia). Foi durante umas obras, quando saiu da prisão na companhia de mais dois reclusos que sucedeu-se o incidente na casa da subchefe. "Eles saem da cadeia e não há vigilância. O guarda só vai levá-los e buscá-los, deixando-os entregues a si mesmos", denuncia Jorge Alves. "Isto chegou a um ponto que eu, guarda prisional, tenho medo, por mim e pelos meus filhos", disse um guarda, anónimamente à imprensa.

Ora é situação, que vem em sequência de outros tantos incidentes, que tem vindo a degradar-se com estes acontecimentos nesta pacata vila e arredores. Já sensivelmente há um mês, aconteceram casos de semelhante designação de "homejacking", se assim, podemos designar. Esta situação tem vindo a tornar-se insustentável. Existe um receio geral entre a população e, de certo modo, começaram-se a desconfiar de certos elementos estranhos frequentadores do nosso quotidiano. Ainda que, sem provas, existem através de conversas informais entre a "populaça", esse sentimento, que poderá desencadear alguma revolta, em certo momento, por não sabermos quais as consequências com a continuação deste estado de insegurança.

Seria sensato que o policiamento dentro da vila fosse reforçado, especialmente por brigadas da "Escola Segura". Sabendo que depois do horário escolar, é visível um grande número de crianças que saem após as aulas, andarem sem vigilância de alguém responsável. Já se ouviu boatos de indivíduos que tentaram formas de aliciamento a jovens do sexo feminino. Por isso, venho apelar a quem compete uma maior preocupação com situação denunciada em nome dos residentes desta vila milenária!

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