Lamber As Feridas!...

Lambidas as feridas após o "Day After", resolvi identificar os pontos negativos ocorridos na campanha eleitoral referente à freguesia de Alcoentre exclusivamente, pois, foi na qual tive maior presença. Deste modo, identifico três aspectos que poderão ter sido como fundamentais para a derrota à Junta de Freguesia. As razões são:

- [Primeiro] O candidato, pois, parece que não reunia muita simpatia nos sectores mais conservadores, por falta de curriculum social, mais concretamente, dada a sua pouca convivência com as gentes do quotidiano que se cruzam em lugares públicos;

- [Segundo] A divulgação de boatos denunciantes com o intuito de denegrir a Igreja, a família do candidato adversário à Vice-Presidência de Câmara Municipal. Desconheço a fontes denunciantes e furto-me a especular nomes. Mas, uma coisa eu digo: - quem quer que tenha sido, revelou uma insensibilidade, cobardia e falta de carácter a respeito destes episódios. Infelizmente, este facto, ficou indubitavelmente colado à campanha da coligação;

- [Terceiro] Para além disso, houve muitas queixas a respeito da distribuição do boletim mensal da Casa do Povo de Alcoentre no dia das eleições, especialmente, junto às mesas de voto. Recebi por parte de muitos eleitores, esse desagrado e revolta, em relação a tal acto. Relembro que faço parte da Direcção da Instituição da Casa do Povo de Alcoentre, presidida pelo candidato à Vice-Presidência pela Coligação, facto igualmente conotado como uma forma "torpe" e "desleal" de fazer política.

Identificados estes pontos negros na campanha por Alcoentre, declaro com lealdade a todos que acompanharam ao longo deste tempo, que não me atribuo qualquer responsabilidade em qualquer destes actos anteriormente descritos e, por ser verdade, tudo aquilo aqui revelado, passo a assinar com o meu nome este artigo.

Hernâni Jorge do Nascimento Soares

Na Derrota E Na Vitória!...

Enfim!... Foram-se as eleições e nós por cá ficamos na mesma. Por mais que dolorosa seja a derrota, cabe-nos reflectir sobre toda a acção empenhada nestas eleições. O partido Socialista teve uma vitória estrondosa e, por tal facto, deverá ser felicitado na sua conquista de mais uma maioria no executivo camarário, assembleia e juntas de freguesia.

Não obstante, cabe à oposição assumir o seu papel e desempenha-lo com seriedade e responsabilidade em nome do seu eleitorado que votou nessas forças políticas.

Embora a minha opinião não tenha mudado e, do mesmo modo, continuando a assumir as minhas convicções expressas neste espaço, estarei sempre activo com a mesma responsabilidade dada até agora, com os objectivos de aprofundar a relação que existe nas questões e preocupações aos problemas que vivemos no nosso quotidiano local.

No que respeita à oposição, especialmente ao PSD, pede-se que haja um debate interno construtivo, no sentido de reorganizar toda a estrutura e procurar soluções válidas para os combates futuros.

Somos oposição e como tal, peço que haja responsabilidade, força e seriedade aos seus protagonistas! O carácter revela-se tanto nas vitórias como nas derrotas e, como tal, estarei sempre na linha da frente, não me resignando a flutuações conjunturais no exercício da política, tal como eu a entendo!...

Ousar Vencer!... Ousar Lutar Por Um Futuro Melhor!...

Enfim, ontem à noite pude assistir ao vivo o debate dos candidatos à Câmara de Azambuja. O debate foi promissor apesar, de parecer uma reunião ordinária do executivo de câmara. Foi um debate bastante cerebral para os comuns mortais da província pouco habituados ao que realmente está em causa nestas eleições de 11 de Outubro! O Presidente do executivo actual: Dr. Joaquim Ramos, por força do desenvolvimento do próprio debate foi obrigado a encostar-se às tábuas [utilizando a gíria tauromáquica, sem ofender], por força do ataque cerradíssimo do Dr. António Nobre, candidato da CDU e pela objectividade do discurso de Dr. António Jorge Lopes, que através de frases curtas, claras e objectivas, conseguiu obter mais impacto junto do público, conseguindo arrancar espontâneamente aplausos entre os assistentes.

O grande derrotado do debate foi o actual presidente do executivo, que através de respostas monocórdicas de um discurso amplamente decorado, não conseguiu demonstrar alguma afectividade perante o eleitor. Para além, das interrupções de toques de telemóvel nas suas actuações, foi prejudicado com alguns comportamentos da sua comitiva de apoiantes através de um certo azedume perante apoiantes adversários. Destacando-se, o episódio em que actual presidente de junta de freguesia de Alcoentre, António Morgado sem sentimento de fair play, deixou-se levar pela ira e confrontando um outro elemento da oposição de uma forma crispada, para além, de ter colocado atabalhoadamente uma questão sobre a concessão das águas em baixa a uma entidade privada.

Na oposição, destacaram-se os candidatos da CDU e da Coligação "PELO FUTURO DA NOSSA TERRA", Dr. António Nobre e Dr. António Jorge Lopes, que foram os grandes vencedores do debate. Apesar do candidato da CDU apresentar-se bastante tenso e emotivo, conseguiu ir ao cerne, ou então, ao "tutano" das questões. Apesar, de muitas vezes alongar-se no discurso, perdendo-se em múltiplas explicações. Já o candidato Dr. António Jorge Lopes, foi muito mais incisivo no seu ataque, com respostas curtas mas, directas e com uma linguagem mais afecta ao ouvinte comum. Para além disso, fechou o debate com um apelo de maior proximidade e humanismo, indo ao encontro de despertar uma esperança maior no futuro com a sua governação à frente do executivo. Fez bem afirmar-se como futuro presidente da edilidade, demonstrando uma auto-confiança que poderá render um elevado número de votos. Foi ele, de facto, o justo vencedor do debate!...

Pelo Futuro... Faz-se História!...

Pois é!... Pois é!... Cá vamos nós para mais uma semana na recta final de campanha eleitoral. Por muito que se diga, fale e critique... o mais importante para mim é acção que se faz no dia a dia, no quotidiano das nossas vidas. Poderá dizer-se muita coisa mas, é no trabalho que executamos é que está a palavra chave para o sucesso da nossa causa. Cabe a cada um escolher o papel que quer. Existem aqueles que fazem a história e existem os outros, que vêm-na passar entre os livros!... Por muito que possa escrever o que realmente é importante é ter uma pessoa junto de nós que se preocupa com os nossos problemas diários e, faz todo o esforço para que algo mude para o bem do nosso futuro!

Neste último sábado, tive a oportunidade de ouvir a última meia hora do debate que se realizou na Rádio Ribatejo, com todos os candidatos à Câmara Municipal de Azambuja. Para mim, falando sinteticamente sobre o confronto realizado entre os intervenientes, o que mais me chamou a atenção, foi o discurso de "calimero" do actual Presidente de Câmara a lamentar-se pelo facto da oposição assumir o seu papel, enquanto tal. E, se o senhor Joaquim Ramos pensa que as forças políticas adversárias deverão fazer "loas" à sua governação, está completamente enganado!

Registe-se a boa postura do candidato António Jorge Lopes, em que, de uma forma serena mas, no entanto, sem deixar de ser incisivo e objectivo nas suas propostas para a sua futura governação à frente do executivo eleito pela Coligação "PELO FUTURO DA NOSSA TERRA", conseguiu trazer no seu discurso novas ideias e soluções claras para um novo modelo de desenvolvimento económico e social para o Concelho de Azambuja. Saúdo, também, a prestação do candidato comunista, Dr. António Nobre, que é uma das outras pessoas que consegue ver realmente, as fraquezas e necessidades que o concelho carece.

Por último, gostaria de salientar em relação ao candidato do Bloco de Esquerda que o seu programa eleitoral nesta candidatura, revela um distanciamento enorme da realidade vivida localmente e, que até me atreveria a dizer, sem qualquer tipo de ofensa, que em muitos aspectos, o seu dicurso político é ainda mais "reacçionário" que muitos partidos de "Direita"!

Fico-me por aqui, esperando vir assistir presencialmente, amanhã o debate que irá realizar-se com os candidatos na rádio, ao qual, posteriormente irei opinar com maior ênfase nas verdadeiras questões dos discursos dos intervenientes.