terça-feira, 23 de junho de 2009

Caro Conterrâneo... Uma Voz Que Se Cala!...

Foi com muito prazer que participei nos primeiros passos do boletim mensal da Casa do Povo de Alcoentre, com a escrita de muitas crónicas e artigos sobre memórias minhas do passado e da minha vivência local. Foram sete anos desde o seu aparecimento pela primeira vez. Exemplo de algo que veio dar um novo sinal às gentes de Alcoentre e arredores, pouco habituadas à leitura, ficaram surpreendidas pela suas edições mensais. Polémico, crítico, didáctico e aberto a todos os interessados em participar, revelou-se de início uma forma particular de exprimir as opiniões de muito dos seus colaboradores. Muitos agoiraram-no desde o início, pouco habituados à recepção de observações críticas por parte de outros.

Não entendendo, muitas vezes a voz da cidadania e de expressão dos seus intervenientes. Para além disso, revelou-se numa forma de publicitar o comércio local, pois, graça a ele, deve-lhe a receitas que permitiram fazer dele um boletim gratuito feito por "amor à camisola" de muitos que acreditaram naquele projecto, que tinha como finalidade dar voz àqueles, que com um espírito livre achavam que as suas palavras não deveriam ficar no esquecimento mas, registados de modo, que alguém um dia se lembre de tal facto.

Pois é, o "O Conterrâneo" este mês faz manchete como sendo a sua última edição, trazendo no seu interior algumas das 1ª páginas, que ajudei a elaborar aqui às uns anos juntamente com a Ofélia Neves, João Caldeira, Jorge Fazendas, Tomás Direitinho e tantos outros que deram a sua graça com o seu contributo. Tal, como não vejo espírito de alguém em participar numa direcção para a Casa do Povo, vejo-me chocado pelo fim triste de muitas coisas boas e com valor a acabar. Para além disso, vejo que o povo resignou-se, instalado numa depressão colectiva, desamparado das elites responsáveis locais.

E, mais me choca sabendo que o povo deixou de algum sentimento de uma réstia do "bairrismo" de outrora, pela freguesia. Eu não me sinto vencido e apelo a todos os alcoentrenses, que ainda sentem alguma coisa não se deixem levar por esta deriva pessimista. Não deixem morrer as "vozes de Al Canaitra!...

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