terça-feira, 23 de junho de 2009

200º Artigo: Desemprego!...

Apesar do "aparente" mas, não surpreendente abrandamento do desemprego em Portugal nos valores de Maio em relação aos de Abril deste ano com uma queda ligeira, verificamos que existiu um aumento de 21,8%, face a Maio de 2008 registando um valor absoluto de 489.115 desempregados. Explicação, essa, revela-se devido ao facto, de os centros de emprego terem anulado, em Maio passado, a inscrição de 59 mil desempregados, um dos valores mais altos de sempre registados. Segundo, consta os valores médios mensais dos últimos seis anos, representam metade dessa anulação a criação de auto-emprego, ou seja, os próprios desempregados terão encontrado trabalho ou iniciaram por si só uma actividade comercial, constituindo o seu próprio emprego.

Numa conjuntura mais favorável pode explicar mais anulações. Mas é impossível confirmá-lo, porque o conselho directivo do IEFP recusam-se a fornecer mais indicação sobre as razões que estão por detrás das referidas anulações, alegando que os números anuais são os mais indicados para uma análise de "normalidade". Por outro lado, a anulação poderá, também, ocorrer porque o desempregado está em formação profissional, suspendeu a inscrição, emigrou, etc... mas, também, poderá explicar-se porque faltou à convocatória dos centros de emprego. Outra hipótese, tem a ver com o crescimento do número de desempregados que não têm subsídio de desemprego ou o social de desemprego - porque se esgotou o período ou porque nunca tiveram direito a eles, ("falsos recibos verdes" ou jovens de 1º emprego).

Situação, que poderá agravar-se com o caso da Autoeuropa, em Palmela, pela recusa da comissão de trabalhadores não aceitar a proposta de acordo com a administração da empresa. Situação que deverá ser tomada em conta e, tal como o Presidente da República, Prof. Aníbal Cavaco Silva salientou, deve imperar o bom senso, pois, a lição da Opel da Azambuja deverá servir de lição e, seria desastroso uma tomada de uma posição egoísta e irresponsável por parte da maioria dos trabalhadores. É tempo, de ter em conta uma reflexão séria, pois, existe mais vida para além dos interesses de cada um! Um passo em falso, poderá custar o desemprego a muitos empregados, para além daqueles que tem lugar na Autoeuropa. O custo será acrescido à nossa capacidade do sector exportador, que tem um significado muito expressivo na percentagem do nosso PIB. Situação bastante prejudicial, que poderia tirar uma fatia considerável nos valores do nosso crescimento, o que faria com o nosso défice disparasse para números extremamente desaconselháveis!...

Sem comentários:

Enviar um comentário