Desde há muito tempo

que não dedicava umas linhas de prosa neste espaço,
no entanto, devido as circunstancias pessoais, têm-me afastado o exercício com maior intelectualidade sobre uma análise sobre a realidade quotidiana do nosso rectângulo à beira de uma Europa em estado de nervos, a caminho de uma crise aguda de esquizofrenia.
No mesmo estado,
ficou toda a esquerda com o resultado
das recentes eleições legislativa
s

que deram uma ampla maioria ao centro-direita PSD/CDS. O rombo foi de tal maneira, que os estilhaços não se ficaram pela maioria da governação socialista liderada por José Sócrates, como também, o Bloco de Esquerda ficou de tal maneira atordoado que ainda não tomou o sentido de levantar do chão. Ainda que os "Che's" da CDU tenham conseguido aguentar-se ao embate, hesitam um pouco em tomar uma iniciativa de luta.
Um dilema feroz apoderou-se em toda esquerda na Europa,
obrigando-a a fazer um compasso de reflexão, no intuito de reinventar-se perante uma dinâmica bastante forte dos partidos à direita que têm tomado a governação da maioria dos países europeus,

diante uma crise sem precedentes na nossa história, indiciando um longo período de depressão económica, em que faltam novos argumentos que solucionem os problemas advidos.
Julgo que este período de gestação irá ser um pouco demorado até que surja uma ideia programática para que uma esquerda moderna tome o pulso de uma dinâmica de vanguarda em toda a Europa. No entanto, é bastante importante que se tomem em atenção as derivas mais extremistas que normalmente surgem nestes períodos de indefinição.